Os Avessos da Vida Quero compartilhar que olhar para as aparências das coisas não dá nenhum trabalho. Não requer nenhum esforço. Olhar para o aspecto exterior é muito fácil. Emitir algum juízo, algum julgamento sobre aquilo que os nossos olhos esbarraram, são as superfícies da vida. Essa é a parte mais fácil de ser enxergada. Essa parte externa nós encontramos com muita facilidade. Quando começamos a pensar que a realidade é muito mais do que aquilo que os nossos olhos podem nos revelar, nós começamos entrar no mistério das coisas. Para quem gosta de filosofia esta é a regra dos filósofos - é ultrapassar os limites das aparências, daquilo que na filosofia nós chamamos de senso comum. Naquilo é o dado, o natural, daquilo que nós podemos saber sem muito esforço. Mas a sabedoria nos ensina e a filosofia nos encaminha para isso - que todas as vezes que nós ultrapassamos a superfície da realidade nós somos presenteados com pensamento de profundidade, com aquele conhecimento que vai além do que os nossos olhos podem enxergar. Ultrapassar os limites das aparências é verdadeiramente conhecer. Jesus o tempo todo quebrava as regras por uma razão muito simples, Jesus não sabia enxergar a margem, Ele ia sempre além e por isso convencia as pessoas de entrar numa dinâmica de crescimento, de superação de limite devido a sua capacidade de enxergar além da margem. Se Jesus percebesse apenas nas aparências não teria acontecido muita coisa. pra escolher um tecido não olha apenas sua beleza, mas também o avesso. A qualidade do tecido não é só a aparência dele. O que irá fazer verdadeiramente o tecido valer é o avesso, pois é o avesso que dá a fibra de sustentação. A beleza só é verdadeiramente duradoura se ela tem um avesso que segura. O tecido de carnaval na primeira lavagem vai embora, pois não tem fibra de sustentação. É tecido temporário, é coisa para durar pouco. Os carnavalescos não fazem uma roupa para durar o ano inteiro. As roupas são feitas para durar apenas três dias ou no máximo um. Há seres humanos que fazem da sua vida a mesma lógica dos tecidos de carnaval. Não se preocupam muito com as fibras de sustentação. Vão apenas na aparência do tecido. Param no aspecto superficial, pois estão muito preocupadas com que os outros pensam a seu respeito. Há seres humanos que ao conhecermos de forma mais profunda podemos perceber que não se preocuparam com as fibras de sustentação. Vivem artificialmente. Foram preparadas para o artificial. Vivem de maneira artificial e quando a beleza é lavada, quando passa o tempo do atrativo, do estético, só restam às fibras frágeis daquilo que nunca sustentou. Entrar na dinâmica dos avessos é pedir a Deus todos os dias a graça de cultivarmos o mais profundo de nós, esse lugar que os meus olhos não alcançam e só poderão chegar à medida que nos conhecermos. Viver o cristianismo é viver o tempo todo, a busca das fibras que nos sustentam, para que se existir uma beleza essa beleza possa ser consistente. E se não existir a beleza pelo menos ela seja uma fibra resistente de sustentação. Todo tecido tem sua validade, todo tecido tem sua utilidade, a sua razão de ser. Não basta ser apenas bonito é preciso estar sustentado e esta é a busca da vida interior. Nós chamamos de santidade, a filosofia chama de sabedoria. O mais interessante é nós descobrirmos que na mística dos avessos há sempre a necessidade de tecer bem os fios que nos sustentam e nos mantem de pé. Pense nisso! Pense na sua sustentação, naquilo que te segura como pessoa, pois tudo irá passar e só restarão às fibras do teu sustento. Ter Deus na nossa vida não é outra coisa senão nós buscarmos tecer bem as fibras humanas para quando chegar o tempo das passagens sobrevivamos, não sucumbamos, não morramos antes da hora. |
Jesus Não é Religião . . . é Relação!
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